Tony “Big Tuna” Accardo: um dos mais poderosos, respeitados e temidos chefes da máfia

Tony Accardo ou “Big Tuna” voltou-se para uma vida no crime em sua adolescência e rapidamente aflorou em infâmia, como soldado no Sindicato Criminoso de Al Capone, de Chicago.  Paul Ricca uma vez disse que Accardo “tinha mais cérebro antes do café-da-manhã do que Capone tinha em toda a sua vida”. Jamais condenado por seus crimes, Accardo negou quaisquer ligações com a máfia até sua morte, em 1992.

Data de Nascimento: 28 de abril de 1906, Chicago, Illinois, Estados Unidos
Morreu em: 22 de maio 1992, Chicago, Illinois, Stati Uniti
Apelidos: “Big Tuna”
Associações: Al Capone, Paul Ricca, Sindicato de Chicago, “A Comissão”

Vida Pregressa

Chefe do crime organizado. Antonino Leonardo Accardo nasce em Chicago, Illinois em 28 de abril de 1906. Cresceu numa vizinhança italiana na Zona Oeste, o segundo de seis filhos nascidos a Francesco Accardo, sapateiro imigrante, e sua esposa, Maria; ambos os quais imigraram saindo da Sicília, na Itália, durante o findar dos anos 1890.

Com a idade de cinco anos, Tony começou na escola primária na Escola Fundamental James Otis, próxima de onde ele morava. Mas por volta de 1920, quando Accardo tinha 14 anos, a escola não representava atrativo algum ao jovem moço. Seus pais, Francesco e Maria não estavam impressionados com seu progresso, também. A família de Accardo deu entrada numa certidão de nascimento atrasada, já que era uma prática comum naquela época, a qual, alegava que Tony nascera em 1904 – o que o deixou com a idade legal para sair da escola e começar a trabalhar. Seu primeiro emprego foi como entregador para um florista; e ele depois trabalhou como atendente de uma mercearia. Segundo autoridades da força policial, aqueles dois empregos provavelmente constituíram os únicos empregos legítimos do mesmo.

Quase dois anos mais tarde, em 22 de março de 1922, a polícia prendeu-o por violar um veículo. Isso principiou o que seria a primeira de uma longa lista de atividade criminal, para Accardo. Em 1923, Accardo foi multado em U$D 200 por dirigir de modo desordeiro em um clube aquático local em que proeminentes figuras mafiosas costumavam frequentar e curtir. Ele então foi condenado por direção desgovernada outras duas vezes no ano subsequente. Foi então que suas excentricidades violentas foram captadas pelo olho do notório mafioso Al Capone.

Trabalhando para Al Capone

Quase nessa mesma época, Accardo juntou-se à Gangue Circus Cafe, nomeada em razão de um centro de diversões local: o The Circus Cafe. Outros membros da gangue: Claude Maddox, Capezio (“Tony Barra Pesada”) e Vincenzo De Mora, posteriormente conhecido como Jack McGurn “Machine Gun” (em tr. livre: “Metralhadora”), entre outros. O grupo de criminosos virou aliado de Al “Scarface” Capone e seu Sindicato Criminal de Chicago.

Enquanto ainda era moço, Tony usou seu emprego legítimo como motorista de caminhão e e entregador para transportar licor moonshine ilícito para Capone a partir de destilarias governadas pela família em Little Sicília para boates proibidas pela Proibição, nos arredores de Chicago. Accardo, com sua introdução humilde ao crime, avançou para assaltos, roubo de carteiras, roubo, roubo de carros, roubo e assalto à mão armada. Nos próximos vários anos seguintes, Accardo esteve em apuros com as autoridades mais de oito vezes, ainda que jamais passou sequer uma noite em cana.

O amigo próximo e parceiro membro da Gangue Circus de Accardo, Vincenzo DeMora, foi logo promovido para a gangue pessoal de Capone, na qual foi empregado como assassino mandado. Como o sindicato de Capone cresceu, ele alistou ainda mais soldados, e voltou-se a McGurn pedindo sugestão para novos recrutas. McGurn sugeriu Tony Accardo que, por meio de seu pensamento ágil e lealdade, logo logrou uma promoção para guarda-costas de Capone.

Pouco tempo depois de sua incorporação no grupo de Capone, Accardo foi indicado no massacre do Dia dos Namorados, em 1929. Em 14 de fevereiro daquele ano, Accardo e mais quatro gângsteres se disfarçaram de policiais. Logo, crê-se que tenham feito uma incursão na garagem de SMC Cartage Company (microempresa de carregamentos) na Rua North Clark, matando seis de sete membros de uma gangue rival, lá dentro. O sétimo morreria no hospital. Embora oficiais da polícia nunca tenham conseguido ligar Accardo aos assassinatos, ele fora visto no vestíbulo do QG de Capone, o Hotel Lexington na Avenida Michigan, portando uma metralhadora.

Chefe da Máfia

Accardo foi, acredita-se, envolvido em outros homicídios violentos, incluindo o assassinato brutal de dois traidores da Chicago Outfit, que ele espancou até a morte com um taco de beisebol, adquirindo pra si o apelido “Joe, o Batedor”. Ele também foi ligado a um golpe contra um ex-associado de Capone, de nome Frankie Yale, que foi baleado e tombou no Brooklyn, em Nova York, via rajada de metralhadora.

Em 1931, pouco depois de Capone ter sido preso por desvios fiscais, Accardo recebera por merecimento sua própria gangue, que auxiliou-lhe a controlar as operações de apostas da família Capone na Flórida e em Chicago. Naquele mesmo ano Accardo ficou como 7º na lista de Inimigos Públicos da comissão anticrimes.

Acredita-se que em 1943, outro amigo íntimo de Accardo, Paul Ricca (ou “the Waiter”), tenha assumido o comando da totalidade da família Capone, e que teria apontado Accardo como subchefe. Accardo, ao assistir outros chefes irem pra cadeia por desvio de dinheiro e extorsão, encorajou Ricca a tirar a organização fora desses métodos de ganho. Ao invés disso, ele moveu seu sistema em administrar máquinas caça-níqueis e de venda automática, cigarros falsificados, serviços à cabo ilegais e contrabando global de narcóticos. Quando Las Vegas se expandiu, Accardo buscou garantir que os cassinos usassem apenas as suas máquinas caça-níqueis e que apostadores autônomos usassem seu serviço à cabo para fornecer informação das corridas para outros apostadores. Suas decisões de negócios renderam ao Sindicato de Chicago milhões, de lucro.

Accardo bem provavelmente assumiu como chefe da máfia quando Ricca se aposentou em 1968, mas sempre negaria tal, dizendo jamais ter-se envolvido com a máfia. “Grampos” federais e outras fontes da inteligência, no entanto, revelaram que Accardo era profundamente ligado ao Sindicato de Chicago.

Investigações e Morte

Após a aposentadoria de Accardo, agentes do IRS [serviço de receita do Gov. Fed. dos EUA] começaram a sondar, profusamente, seu abastado lucro e suas potenciais fontes. Ele foi acusado de evasão fiscal em 1960 e foi conseguintemente condenado, sentenciado a seis anos de prisão e multado em U$D 15.000. O Tribunal Regional Americano de Chicago, posteriormente, anulou a condenação, entretanto, citando publicidade midiática prejudicial que ocorrera durante o julgamento de Accardo.

Accardo foi também, além disso, alvo por três vezes do subcomitê permanente do Senado dos EUA sobre investigações na máfia, porém o chefe invocou a garantia da Emenda Quinta mais de 172 vezes, prevenindo-se da auto-incriminação. Em sua última aparição perante o comitê, em 1984, ele negou qualquer papel na máfia de Chicago. “Não possuo controle sobre ninguém,” Accardo testificou. Reconheceu sua amizade com dado número de figuras de alto padrão do crime organizado de Chicago, contudo, disse “jamais [ter sido] um chefe”.

Antes de sua morte, Accardo dividiu seu tempo entre Palm Springs e um estado de Chicago no subúrbio de Barrington. Ele moreu em 27 de maio de 1992, de moléstias do coração e pulmão, tornando-se um dentre poucos mafiosos que morreram de causas naturais. Accardo foi sepultado no mausoléu do Cemitério Queen of Heaven, no subúrbio de Hillside em Chicago, Illinois.

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