Sempre quando em nossas pesquisas encontramos relatos inéditos sobre a vida de Lucky Luciano, decidimos que é justo compartilha-los ao público que nos acompanham.
Desta vez quem fala é Sandra Lansky, filha única e mais nova de Meyer Lansky, que na ocasião do lançamento de seu livro (2014), “Daughter of the King: Growing Up in Gangland”, (Filha do Rei: crescendo no submundo do crime), ofereceu ao público uma entrevista cheia de detalhes curiosos sobre a amizade que ligava o pai (Meyer), a Luciano nos anos d’oro da máfia.
Para que não sabe Sandra Lansky, cresceu no esplendor da classe judia superior, ela era a Paris Hilton nos dias atuais, festejando nos hotéis mais glamorosos, junto as maiores celebridades da época. Mais sua vida não foi sem dor e tragédia, incluindo a insanidade de sua mãe e seu vício com as drogas. Constantemente vigiada pelos associados do Pai ela sempre respeitou o rigoroso código de omerta.
Na entrevista ela compartilhou histórias do Pai em Miami Beach, dos dias em que caminhava com seu cachorro ao longo da Collins Avenue, e conversou sobre a amizade que Charlie Luciano tinha com seu querido amigo e parceiro de negócios Vincent “Jimmy Blue Eyes”.
Mais a pergunta que deixou o público curioso foi a seguinte: Você passou um tempo com “Charlie Lucky” Luciano duas vezes, na Itália? Como ele era?
Foi maravilhoso encontrar Charlie em Nápoles! À primeira vista era impressionante a semelhança entre os dois homens, pessoal com meu Pai. Ele cumprimentou-me com um grande abraço e beijos. Era tão afetuoso que eu imediatamente o chamei de “Tio Charlie”, o que o deixou muito feliz. Vestia-se bem, e tinha um leve sotaque italiano/nova-iorquino.
Fomos ao melhor restaurante de Nápoles, The Californian, Lucky estava com seu pinscher Bambi. Nós comemos mais de uma dúzia de pratos, incluindo ravióli, rigatoni, saladas, carnes, legumes, mariscos, mexilhões e mais, seguidos de sobremesa.
Ele falou sobre o quanto sentia falta de Nova York. Durante a nossa refeição, “Tio Charlie” contou histórias sobre seu avô, dizendo que era o mais bravo e melhor homem que já conheceu. Ele também me contou como ele e Frank (Costello) se encontraram pela primeira vez com seu avô e Benny (Siegel).
Poder participar de um jantar desses deve ser fascinante para ouvir histórias acerca dos movimentos gângsters, não acha? Comentem e acompanhem.