No começo dos anos de 1950, Salvatore “Sam” Giancana se tornou o líder da poderosa família mafiosa, com base em Chicago, criada por Al Capone chamada “The Outfit”. Mas ele é mais conhecido por estar no centro das teorias conspiratórias para o assassinato do presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy.
Data de Nascimento: 15 de junho ou 24 de maio de 1908, Chicago
Morreu em: 19 de junho de 1975, Oak Park, Illinois.
Apelidos: Momo, Sam The Cigar
Associações: Tony Accardo, Frank Sinatra, John F. Kennedy, Joseph Kennedy, Santo Trafficante Jr., a CIA, Jack Ruby, Tony Spilotro, Phyllis McGuire
Um passado da gangster
Nascido em uma família imigrante da Sicília, Giancana nunca teve medo de usar a violência. Ele era membro de um famosa e gangue juvenil, a “42 Gang” (ou Gangue 42). Foi preso pela primeira vez aos 17 anos, e a polícia acreditava que ele era responsável por pelo menos três assassinatos até os 20 anos de idade, porém, nunca foi condenado.
Em 1926, Giancano foi acusado de assassinato e preso, entretanto, para sua conveniência, uma testemunha-chave foi morta violentamente e as acusações foram retiradas. Muitas biografias dizem que ele foi preso pelo menos 70 vezes por vários delitos. No fim de 1930, Giancana saiu da gangue juvenil para a máfia.
Mobster em Chicago
Em 1957, o líder do “The Outfit”, Tony “Joe Batters” Accardo, se retirou e Giancana assumiu o seu lugar. Governando com violência, ele obteve bastante sucesso assassinando rivais que relutavam em fazer negócios.
Como o seu antecessor Accardo, que tinha uma segunda residência em Palm Springs, Califórnia, Giancana passava bastante tempo fora de Chicago, e investiu em Las Vegas, Irã, Caribe e Grã-Bretanha.
Sam Giancana e Joseph Kennedy
Ainda hoje, o envolvimento de Giancana com a política tem levantado interesse sobre o seu legado. Ele conhecia Joseph Kennedy, ex-embaixador da Grã-Bretanha e líder de uma dinastia política que incluía seu filho, John F. Kennedy, herói de guerra , senador e, finalmente, presidente. Joseph Kennedy, que estava envolvido com operações de produção ilegal durante a Lei Seca dos EUA, pediu à Giancana ajuda para arrecar votos para o seu filho.
A capacidade de Giancana para arrecadar votos foi importante para eleger J. F. Kennedy nos Estados Unidos.
Um dos primeiros passos dele ao assumir o cargo foi eleger seu irmão, Robert Kennedy, como procurador-geral. E uma das prioridades de Robert era acabar com a máfia em todos o país. Isso não agradou aos chefões da máfia, e muito menos a Giancana.
Em novembro de 1963, o presidente Kennedy foi assassinado. As narrativas convencionais dizem que um atirador solitário, Lee Harvey Oswald, atirou no presidente, mas, desde o começo, várias especulações surgiram sobre uma conspiração da máfia para matar J. F. K. Além de um motivo claro – a luta dos Kennedy contra o crime organizado –, Jack Ruby, que assassinou Oswald logo que este foi preso, fazia parte da “Chicago Outfit”, comandada por Giancana.
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Sua retirada da liderança da “Chicago Outfit”
Em 1965, Giancana foi preso por se recusar a testemunhar perante o Comitê do Senado sobre o crime organizado, e dois anos depois, o Sindicado Nacional do Crime, cansado da presença de Giancana nas capas dos jornais, decidiu por retirá-lo da liderança da “Chicago Outfit”.
Ele se mudou para o México, mas voltou aos Estados Unidos em 1974 para depor diante de mais uma comissão, que investigava os esforços da CIA para matar Fidel Castro – Gianacana estava ligado a essa conspiração. O que aconteceu a seguir nunca ficou claro. De volta a casa de sua família em Oak Park, Giancana deixou alguém que conhecia entrar na sua casa. Enquanto ele estava cozinhando, foi atingido por seis tiros, o primeiro dele, por trás, uma execução ao estilo da máfia.
Dentre os candidatos a assassinos, Tony Spilotro, um jovem membro da “Chicago Outfit” é o principal suspeito. As várias relações de Giancana com fatos obscuros faz com que sua figura seja central na história da Máfia Americana.
Como de hábito, um excelente trabalho de pesquisa. Contudo, penso que nas associações elencadas faltou o nome de Marylin Monroe que, pelo que é dito, foi apresentada a John F. Kennedy por Sam Giancana.